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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Resistro! Assim, errado mesmo.

No Brasil:
Com o "nascido vivo" um dos pais vai ao cartório munido com os documentos dos dois e a certidão de casamento* caso o declarante seja a mãe. Espera a fila que tiver na hora, paga o que tiver que pagar e pronto. 
Ainda tem a possibilidade de fazer isso em muitas maternidades Brasil a fora.

Na Argentina:
Munidos do "Nascido vivo" os pais (se forem casados pode ir a mãe com a certidão de casamento) e o recém nascido (que obrigatoriamente tem que ir, o que em 99% dos casos significa que a mãe tem que ir) se apresentam no registro civil. Onde eu fui não tem lugar pra todo mundo sentar, então ficam mães sentadas e pais em pé e alguns irmãos perambulando pelo lugar. Uma pessoa vai anotar os dados, que serão passados a limpo por outra no livro de registro. Então, mãe e RN são chamados por uma terceira pessoa para fazer a Identidade. Tiram foto e tudo e o documento chega em casa. Mas antes de tudo isso tem que ir em um outro lugar pagar e tem que saber os códigos necessários.
Pensa que acabou? Quando saem de lá os pais ainda tem que ir ao fórum, pagar outra taxa, e reconhecer a firma da escriva, que por aqui parece não ter fé pública, para isso tem três meses, se não tem que ir ao registro, pagar taxas, pegar uma segunda via para fazer. 

E nada fica no mesmo lugar, ou seja, tem que ir no banco pagar as taxas, ir no registro e depois no fórum. A única vantagem é que a criança de uma tacada sai com o documento de identidade nacional, que precisa ser renovado ao longo da infância e adolescência e o número não muda. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Mais curtas

Em uma viagem a Buenos Aires, Guilherme decidiu ler em voz alta o nome dos motoristas de taxi. A enorme maioria leva numa boa e perguntava o nome dele, Felipe tagarelava um pouco, todos riam e o passeio principalmente na hora do rush era mais leve.

Aqui, nenhum motorista poe a credencial a vista. Outro dia, entramos um taxi e Felipe depois do tradicional "Buenas Tardes" pergunta o nome ao motorista. Eu explico em alto e bom tom e em espanhol (que era pro motorista entender) que ele deve se apresentar e então perguntar o nome a outra pessoa. Ele repete e nada do motorista responder. Por um tempo Felipe insistia no "¿Como te llamas?" e nada do outro responder ... eu já naquela de será que pergunto eu ...
Cansado de ser ignorado, ele muda a pergunta:

¿Podes hablar? ¿ Por que no habla? ¿ Hablas?

Entre outras variações

Já quase no destino respondo eu: falar ele fala, só não quer é responder.

Custava?

terça-feira, 25 de novembro de 2014

E o futuro chegou

Eu nasci num tempo em que tudo era analógico, o telefone nem botão tinha, era um disco. Ah! A linha telefônica era um bem, declarado em imposto de renda e tudo mais. Celulares, meu pai se cadastrou para receber uma linha e demorou para recebermos um. Computadores? Na minha casa ele só chegou quase no final do século XX. A minha ideia de futuro é um misto de "Os Jetson´s" com "De Volta para o Futuro" com arquitetura e design de meados dos anos 1950 - 1960, algo assim meio Tomorrow Land, super me identifico com o Carrossel do Progresso.

Há vários anos, ainda na faculdade, li o livro  "A Vida Digital", de Nicholas Negroponte. O ano era 1997. Não lembro de nenhum dos colegas demonstrarem qualquer entusiasmo com a coisa toda. Só o professor parecia ver "futuro" naquilo. O livro ficou esquecido por bastante tempo, achava até que tinha sido doado. Um dia, enquanto lia na tablet, algo vez click: lembrei do livro! Que finalmente, começo a reler para ver como vou interpretar a coisa agora que o futuro chegou, o que ainda não fiz foi descobrir se ele fez alguma nova edição no livro.

Foi justamente, procurando saber isso, que me deparei com uma palestra dele de 1984, há 30 anos ele fez algumas previsões. Olha, eu ri muito de mim mesma e da minha ingenuidade ao ler o livro há tanto tempo. Em breve conto aqui o que essa releitura me trouxe. Coloco o primeiro video dele no TED e o último, comemorando os 30 anos.





quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Curtas

No carro a caminho de algum lugar ...
Felipe: Cuando el sol vaye ...
Guilherme: Vaya
Felipe: Cuando el sol se esconda ...


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Todos fomos crianças um dia

Meu vizinho de cima estava doente, muito doente, e qualquer pessoa com conhecimento básico das coisas da vida sabia que era uma questão de tempo. Eu sabia que suas noites não eram fáceis, escutava os ruídos, os passos ... viver coletivo tem dessas coisas.

Eu nunca tive vergonha ou me senti menos qualquer coisa pelo escândalo dado pelos meninos. E ao contrario dos meus pais me preocupo muito pouco com os vizinhos, até por que os meninos fazem barulho normal. Mas nesse caso em particular era mais do que isso, era acrescentar um pouco de conforto a alguém que precisava.
Um dia, pegamos o elevador com ele, vinhamos com Felipe e ele comentou: "Ah! esse é o menino que sempre acorda chorando (a mais pura verdade) e riu. É engraçado, ele é um relógio, acorda da "siesta" sempre as três." Eu devo ter ficado da cor de um tomate, pois ele logo emendou: " Não tô recriminando não, crianças são assim mesmo, eu já tive os meus ... todos nos já fomos criança um dia." 

Engraçado como quem mais deveria se incomodar, foi quem primeiro entendeu ...